quinta-feira, 10 de setembro de 2009

PATINHO FEIO

CENÁRIO: Beira de um lago.(Entra em cena Patinho-Feio com sua “mala”.)
PATINHO-FEIO: Será que minha família realmente tem razão: eu sou feio, pois eu tenho feio até no nome. Eu sempre quis ser diferente. Será que ser diferente é questão de ser feio.(Entra em cena Cisne-Cristã. Ela possui traços semelhantes aos do Patinho-Feio.)
CISNE-CRISTÃ: Olá!
PATINHO-FEIO: (Olhando para os lados para ver se era com ele) Olá!
CISNE-CRISTÃ: Vejo que é meio tímido.
PATINHO-FEIO: É que de onde eu venho as pessoas procuram não puxar conversa comigo.
CISNE-CRISTÃ: Você é um fora da lei?
PATINHO-FEIO: Na verdade as pessoas me rejeitam porque sou diferente. Tudo porque resolvi seguir esta lei (aponta para a Bíblia). (Pequena pausa) Ué?
CISNE-CRISTÃ: O que foi?
PATINHO-FEIO: Não estou entendendo. Cada vez que mostro a Bíblia as pessoas zombam e fogem de mim. Na minha família era sempre motivo de calorosas discussões.
CISNE-CRISTÃ: (Tirando uma Bíblia que pode ser de uma bolsa) Eu também tenho a minha. A propósito, não nos apresentamos ainda.
PATINHO-FEIO: Desculpa! (Estende a mão) Eu sou o Patinho-Feio.
CISNE-CRISTÃ: (Apertando-lhe a mão) O meu é Cisne-Cristã. Como mesmo é o seu?PATINHO-FEIO: O meu?
CISNE-CRISTÃ: É o seu.
PATINHO-FEIO: (Mostrando o crachá) Como você pode ver no meu crachá: Patinho-Feio.
CISNE-CRISTÃ: Não acredito!
PATINHO-FEIO: É. Eu sei, eu sou meio crescidinho para ser chamado de “Patinho”.
CISNE-CRISTÃ: Não, não é isso. Você percebeu que tem as mesmas características que as minhas.
PATINHO-FEIO: É. Eu tenho muitas coisas em comum: o bico...
CISNE-CRISTÃ: As patas, as penas...
PATINHO-FEIO: Desculpe-me. Eu não queria ofender. Você não é feia. O feio sou eu.
CISNE-CRISTÃ: Me empreste o teu crachá! (Ela retira-lhe o crachá e virando-o coloca novamente no pescoço do Patinho-Feio. Nele está escrito Cisne-Cristão.)
PATINHO-FEIO: Eu não sou pato.
CISNE-CRISTÃ: Sempre quiseram esconder a tua verdadeira identidade.
PATINHO-FEIO: Eu sou cisne.
CISNE-CRISTÃ: Você não é só cisne, mas é Cisne-Cristão.
PATINHO-FEIO: Eu sou um Cisne. Um Cisne-Cristão.
CISNE-CRISTÃ: Sim. Essa é sua verdadeira identidade.
PATINHO-FEIO: Estou com uma dúvida.
CISNE-CRISTÃ: O que foi?
PATINHO-FEIO: Será que eu não deveria me chamar Cisne-Feio. Ou, ainda, Cisne-Feio-Cristão.
CISNE-CRISTÃ: Você está conformado em se achar esquisito porque está fora dos padrões do mundo. Você não é feio, porque você é igual a mim. Eu não me acho feia. Você me acha?PATINHO-FEIO: De jeito nenhum. Você é a coisa mais linda que já vi.
CISNE-CRISTÃ: Deus nos criou lindos. Todos os dias temos que olhar para nós mesmos e nos dizer isso. Não podemos esquecer que fomos criados perfeitos aos olhos do Pai.
PATINHO-FEIO: Então eu não sou pato, sou Cisne.
CISNE-CRISTÃ: Essa é a sua verdadeira identidade. Você não precisa mais se envergonhar.
PATINHO-FEIO: Agora estou entendendo. Se fazemos as coisas que agradam a Deus; seguimos a Bíblia, muitos podem nos criticar, nos achar esquisitos. Mas sabemos que nossa verdadeira identidade ninguém pode mudar.
CISNE-CRISTÃ: Se não somos um maria-vai-com-as-outras estamos no caminho certo. Temos que ter identidade.Temos que declarar que não somos mais patos, somos de outra natureza. Somos de Cristo.
PATINHO-FEIO: Eu não sou um pato desajeitado, muito menos feio. Eu quero espelhar a cada dia mais isso na minha vida. Só que muitas vezes temos que pagar um alto preço pela nossa decisão. Mas estou bem certo de que a recompensa vem do Senhor.
CISNE-CRISTÃ: (Dando o braço para o Patinho-Feio) Vamos! Venha conhecer a imensa família Cisne.
PATINHO-FEIO: Então, não somos só nós?
CISNE-CRISTÃ: Nós pertencemos a uma família que cresce muito ao redor deste imenso lago.

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